City Tour Mochileiro: SÃO PAULO

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SÃO PAULO

A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região.

Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, subiram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.

Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região.

O povoamento da região teve início em 1560, quando, por ordem de Mem de Sá, governador-geral da colônia, mandou a população da vila de Santo André da Borda do Campo para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga" – o nome foi escolhido porque dia 25 de janeiro a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Desta forma, a vila de Santo André da Borda do Campo foi extinta, e São Paulo foi elevada à categoria de vila. São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, que se mantinha por meio de lavouras de subsistência.

A descoberta do ouro na região de Minas Gerais fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo, que foi elevada à categoria de cidade em 1711.
Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento.

Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo paulista do açúcar, que se espalhou pelo interior da província, e a cidade de São Paulo tinha a finalidade de escoar a produção para o porto de Santos.

Após a Independência do Brasil, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação dos cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, juntamente com o crescimento da produção do café nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto, graças a qual a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.

No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigrantes europeus. Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900. Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás.

Esses fatores somados já esboçavam a formação de um parque industrial paulistano. A ocupação do espaço urbano registrou essas transformações. O Brás e a Lapa transformaram-se em bairros operários por excelência; ali concentravam-se as indústrias próximas aos trilhos da estrada de ferro inglesa, nas várzeas alagadiças dos rios Tamanduatey e Tietê. A região do Bexiga foi ocupada, sobretudo, pelos imigrantes italianos e a Avenida Paulista e adjacências, áreas arborizadas, elevadas e arejadas, pelos palacetes dos grandes cafeicultores .

As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do "centro velho" com a "cidade nova", formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. É importante lembrar, ainda, que logo a seguir (1901) foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz.

Neste período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico (região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. O vale do Rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado do rio passa a ser conhecida como Centro Novo.
Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras.

A década de 40 foi marcada por uma intervenção urbanística sem precedentes na história da cidade. O prefeito Prestes Maia colocou em prática o seu "Plano de Avenidas", com amplos investimentos no sistema viário. Nos anos seguintes, a preocupação com o espaço urbano visava basicamente abrir caminho para os automóveis e atender aos interesses da indústria automobilística que se instalou em São Paulo em 1956.
Simultaneamente, a cidade cresceu de forma desordenada em direção à periferia gerando uma grave crise de habitação, na mesma proporção, aliás, em que as regiões centrais se valorizaram servindo à especulação imobiliária.

Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração" do parque industrial de São Paulo que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba).

Esse declínio gradual da indústria paulistana insere-se num processo de "terciarização" do Município, acentuado a partir da década de 70 e que gerou o aumento significativo de empresas ligadas à prestação de serviços e aos centros empresariais de comércio (shopping centers, hipermercados, etc).

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Os grandes números da cidade:


    # População: aproximadamente 11 milhoes de habitantes (IBGE/2006)
    # A taxa de alfabetização está em 95,4% da população.
    # O PIB é de R$ 76 bilhões.
    # São mais de 70 shopping centers, que recebem 30 milhões de pessoas por mês.
    # A cada dia, meio milhão de pessoas passam pela Rua 25 de Março (nos dias que antecedem o Natal, este número dobra).
    # A cada segundo, são efetuadas 10 compras pagas com cartões de crédito ou débito num território de 1.530 km² (do tamanho de Cuba).
    # De cada 100 paulistanos, 16 vão ao cinema com freqüência. Eles possuem 265 opções de sala. A maior tela da cidade, com 10,98 metros de altura por 20,67 metros de largura, está na sala 10 do Shopping Central Plaza.
    # Na cidade existe a primeira sala de cinema com tecnologia IMAX (image-maximum). As dimensões da tela é de 14m x 21m que é em média dez vezes maior que o modelo tradicional. Possui um design especial, que se estende até onde alcança a visão periférica do público. Onde: Shopping Bourbon Pompéia (Rua Turiassú, 2.100, 3º Piso, Pompéia, Fone: 3673-3949
    # São mais de 6 milhões de automóveis registrados em toda a cidade o que dá aproximadamente 1 veiculo a cada 2 habitantes.
    # Em 1901, só havia 4 carros circulando pela cidade de São Paulo. As carroças e carros de boi somavam 5.000.
    O recorde de multas na cidade foi em Junho/2008: 418 mil, 580 por hora ou 1 a cada 6,2 segundos.
    Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Trafego) a velocidade média do trânsito em horário de pico, em um dia útil, é de 27 km/h. Ou seja, em uma hora, o motorista conseguiria ter andado o equivalente a 10 voltas na Avenida Paulista.
    A rua mais movimentada é a Marginal do Rio Tietê, por onde circulam 700 mil veículos por dia.
    # São Paulo foi eleita pela revista norte americana Reader's Digest a quarta cidade mais cortês do mundo em 2008.
    # São Paulo tem um dos cinco maiores zoológicos do mundo;
    # A rua Oscar Freire é uma das oito mais luxuosas do mundo de acordo com a Mystery Shopping International;
    # São Paulo é a terceira maior cidade do mundo em quantidade de prédios, de acordo com o periódico especializado em pesquisa de dados sobre edificações, Emporis Buildings
    # A cidade tem o mais alto arranha-céu do país, o Mirante do Vale, também conhecido como Palácio Zarzur Kogan, com 170 metros de altura.
    # O Complexo viário Real Parque, inaugurado em maio de 2008, possui a única ponte estaiada do mundo com duas pistas em curva conectadas a um mesmo mastro.
    # A cidade abriga a segunda maior floresta urbana do mundo, o Parque Estadual da Cantareira, localizado na Serra da Cantareira.
    # A Catedral da Sé é a segunda mais alta do Brasil, e uma das maiores do mundo.
    # O Metrô de São Paulo possui hoje 61,3 km de extensão em quatro linhas e 55 estações transportando aproximadamente 2,5 milhões de pessoas por dia, sendo o metrô mais extenso do Brasil, e ocupando a 41ª posição no ranking dos mais extensos do mundo.
    Ocupa a 12ª posição em número de passageiros transportados por ano (845,6 milhões). Seu recorde foi de 3.080.585 passageiros em um único dia, em 08/12/2006.
    O intervalo entre trens do Metrô, atualmente de 99 segundos, é o terceiro menor do mundo.
    Cada um dos 702 carros que compõem a frota de metrô contém 6 vagões de 33 metros quadrados.
    # Sampa possui 12.500 restaurantes, que servem 46 tipos de cozinhas típicas.
    # Os paulistanos consomem, diariamente, 15,75 milhões de pãezinhos franceses e 15,3 milhões de xícaras de café.
    # No Mercado Municipal, o Bar do Mané vende por dia cerca de 450 sanduíches de mortadela, uma de suas especialidades.
    # Na cidade, apenas 30% dos habitantes não consomem pizzas. O consumo médio mensal por habitante é de 7 unidades por mês.
    O preço médio de uma pizza é de R$13,00 na Grande São Paulo.
    Por dia são devoradas 1 milhão, perdendo apenas para Nova Iorque.
    O consumo mensal de pizzas em toda a Grande São Paulo é de:
    • pizzas completas: 38.520.000 unidades
    • pizzas congeladas: 3.424.000 unidades
    • discos de pizzas: 856.000 unidades
    Totalizando 42.800.000 unidades de pizzas.
    - “Tudo acaba em pizza”
    A expressão “acabar em pizza” surgiu no Palmeiras, na década de 50. Um dia, houve uma grande discussão entre e os diretores do clube. Mas, após a calorosa reunião, todos foram para uma pizzaria e deixaram a confusão para trás. A explicação foi dada pelo jornalista Eduardo Martins, autor do manual de redação do jornal O Estado de São Paulo.
    # Vivem na cidade 60% de todos os milionários do Brasil.
    # Funcionam na cidade 4.920 consultórios de especialidades médicas e 915 clínicas e hospitais, o que representa um médico para cada 270 habitantes.
    # Por ano, 10 milhões de pessoas, pouco menos do número de habitantes da cidade, procuram os médicos e professores que trabalham no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), um dos principais complexos hospitalares do Brasil.
    # Existem na cidade:
    - 120 teatros e casas de show…
    - 70 museus.
    - 70 mil eventos por ano.
    - 100 peças teatrais em cartaz por semana.
    - 1.500 agências bancárias.
    # São Paulo é a maior cidade italiana fora da itália.
    - São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica japonesa fora do Japão;
    - São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica espanhola fora da Espanha;
    - São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica libanesa fora do Líbano;
    - São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica portuguesa fora de Portugal;
    - São Paulo é a maior cidade nordestina fora do Nordeste;
    # 39 companhias aéreas operam no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), em Guarulhos.
    Funcionando desde 1986, já transportou mais de 190 milhões de passageiros por 2,6 milhões de operações de pousos e decolagens.
    O aeroporto é uma verdadeira cidade.
    Abriga 370 empresas, com mais de 22 mil empregos diretos e recebe 100 mil pessoas por dia.
    Opera vôos para mais de 75 cidades do Brasil e de outros 23 países.