Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, subiram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.
Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região.
O povoamento da região teve início em 1560, quando, por ordem de Mem de Sá, governador-geral da colônia, mandou a população da vila de Santo André da Borda do Campo para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga" – o nome foi escolhido porque dia 25 de janeiro a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Desta forma, a vila de Santo André da Borda do Campo foi extinta, e São Paulo foi elevada à categoria de vila. São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, que se mantinha por meio de lavouras de subsistência.
A descoberta do ouro na região de Minas Gerais fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo, que foi elevada à categoria de cidade em 1711.
Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento.
Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo paulista do açúcar, que se espalhou pelo interior da província, e a cidade de São Paulo tinha a finalidade de escoar a produção para o porto de Santos.
Após a Independência do Brasil, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação dos cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, juntamente com o crescimento da produção do café nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto, graças a qual a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.
No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigrantes europeus. Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900. Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás.
Esses fatores somados já esboçavam a formação de um parque industrial paulistano. A ocupação do espaço urbano registrou essas transformações. O Brás e a Lapa transformaram-se em bairros operários por excelência; ali concentravam-se as indústrias próximas aos trilhos da estrada de ferro inglesa, nas várzeas alagadiças dos rios Tamanduatey e Tietê. A região do Bexiga foi ocupada, sobretudo, pelos imigrantes italianos e a Avenida Paulista e adjacências, áreas arborizadas, elevadas e arejadas, pelos palacetes dos grandes cafeicultores .
As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do "centro velho" com a "cidade nova", formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. É importante lembrar, ainda, que logo a seguir (1901) foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz.
Neste período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico (região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. O vale do Rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado do rio passa a ser conhecida como Centro Novo.
Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras.
A década de 40 foi marcada por uma intervenção urbanística sem precedentes na história da cidade. O prefeito Prestes Maia colocou em prática o seu "Plano de Avenidas", com amplos investimentos no sistema viário. Nos anos seguintes, a preocupação com o espaço urbano visava basicamente abrir caminho para os automóveis e atender aos interesses da indústria automobilística que se instalou em São Paulo em 1956.
Simultaneamente, a cidade cresceu de forma desordenada em direção à periferia gerando uma grave crise de habitação, na mesma proporção, aliás, em que as regiões centrais se valorizaram servindo à especulação imobiliária.
Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração" do parque industrial de São Paulo que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba).
Esse declínio gradual da indústria paulistana insere-se num processo de "terciarização" do Município, acentuado a partir da década de 70 e que gerou o aumento significativo de empresas ligadas à prestação de serviços e aos centros empresariais de comércio (shopping centers, hipermercados, etc).
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Os grandes números da cidade:
- # População: aproximadamente 11 milhoes de habitantes (IBGE/2006)
- # A taxa de alfabetização está em 95,4% da população.
- # O PIB é de R$ 76 bilhões.
- # São mais de 70 shopping centers, que recebem 30 milhões de pessoas por mês.
- # A cada dia, meio milhão de pessoas passam pela Rua 25 de Março (nos dias que antecedem o Natal, este número dobra).
- #
A cada segundo, são efetuadas 10 compras pagas com cartões de crédito
ou débito num território de 1.530 km² (do tamanho de Cuba).
- #
De cada 100 paulistanos, 16 vão ao cinema com freqüência. Eles possuem
265 opções de sala. A maior tela da cidade, com 10,98 metros de altura
por 20,67 metros de largura, está na sala 10 do Shopping Central Plaza.
- #
Na cidade existe a primeira sala de cinema com tecnologia IMAX
(image-maximum). As dimensões da tela é de 14m x 21m que é em média dez
vezes maior que o modelo tradicional. Possui um design especial, que se
estende até onde alcança a visão periférica do público. Onde: Shopping
Bourbon Pompéia (Rua Turiassú, 2.100, 3º Piso, Pompéia, Fone: 3673-3949
- # São mais de 6 milhões de automóveis registrados em toda a cidade o que dá aproximadamente 1 veiculo a cada 2 habitantes.
- # Em 1901, só havia 4 carros circulando pela cidade de São Paulo. As carroças e carros de boi somavam 5.000.
O recorde de multas na cidade foi em Junho/2008: 418 mil, 580 por hora ou 1 a cada 6,2 segundos.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Trafego) a velocidade média do trânsito em horário de pico, em um dia útil, é de 27 km/h. Ou seja, em uma hora, o motorista conseguiria ter andado o equivalente a 10 voltas na Avenida Paulista.
A rua mais movimentada é a Marginal do Rio Tietê, por onde circulam 700 mil veículos por dia.
- # São Paulo foi eleita pela revista norte americana Reader's Digest a quarta cidade mais cortês do mundo em 2008.
- # São Paulo tem um dos cinco maiores zoológicos do mundo;
- # A rua Oscar Freire é uma das oito mais luxuosas do mundo de acordo com a Mystery Shopping International;
- #
São Paulo é a terceira maior cidade do mundo em quantidade de prédios,
de acordo com o periódico especializado em pesquisa de dados sobre
edificações, Emporis Buildings
- # A cidade tem o mais alto
arranha-céu do país, o Mirante do Vale, também conhecido como Palácio
Zarzur Kogan, com 170 metros de altura.
- # O Complexo viário Real
Parque, inaugurado em maio de 2008, possui a única ponte estaiada do
mundo com duas pistas em curva conectadas a um mesmo mastro.
- # A cidade abriga a segunda maior floresta urbana do mundo, o Parque Estadual da Cantareira, localizado na Serra da Cantareira.
- # A Catedral da Sé é a segunda mais alta do Brasil, e uma das maiores do mundo.
- #
O Metrô de São Paulo possui hoje 61,3 km de extensão em quatro linhas e
55 estações transportando aproximadamente 2,5 milhões de pessoas por
dia, sendo o metrô mais extenso do Brasil, e ocupando a 41ª posição no
ranking dos mais extensos do mundo.
Ocupa a 12ª posição em número de passageiros transportados por ano (845,6 milhões). Seu recorde foi de 3.080.585 passageiros em um único dia, em 08/12/2006.
O intervalo entre trens do Metrô, atualmente de 99 segundos, é o terceiro menor do mundo.
Cada um dos 702 carros que compõem a frota de metrô contém 6 vagões de 33 metros quadrados.
- # Sampa possui 12.500 restaurantes, que servem 46 tipos de cozinhas típicas.
- # Os paulistanos consomem, diariamente, 15,75 milhões de pãezinhos franceses e 15,3 milhões de xícaras de café.
- # No Mercado Municipal, o Bar do Mané vende por dia cerca de 450 sanduíches de mortadela, uma de suas especialidades.
- # Na cidade, apenas 30% dos habitantes não consomem pizzas. O consumo médio mensal por habitante é de 7 unidades por mês.
O preço médio de uma pizza é de R$13,00 na Grande São Paulo.
Por dia são devoradas 1 milhão, perdendo apenas para Nova Iorque.
O consumo mensal de pizzas em toda a Grande São Paulo é de:
• pizzas completas: 38.520.000 unidades
• pizzas congeladas: 3.424.000 unidades
• discos de pizzas: 856.000 unidades
Totalizando 42.800.000 unidades de pizzas.
- “Tudo acaba em pizza”
A expressão “acabar em pizza” surgiu no Palmeiras, na década de 50. Um dia, houve uma grande discussão entre e os diretores do clube. Mas, após a calorosa reunião, todos foram para uma pizzaria e deixaram a confusão para trás. A explicação foi dada pelo jornalista Eduardo Martins, autor do manual de redação do jornal O Estado de São Paulo.
- # Vivem na cidade 60% de todos os milionários do Brasil.
- #
Funcionam na cidade 4.920 consultórios de especialidades médicas e 915
clínicas e hospitais, o que representa um médico para cada 270
habitantes.
- # Por ano, 10 milhões de pessoas, pouco menos do
número de habitantes da cidade, procuram os médicos e professores que
trabalham no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP), um dos principais complexos
hospitalares do Brasil.
- # Existem na cidade:
- 120 teatros e casas de show…
- 70 museus.
- 70 mil eventos por ano.
- 100 peças teatrais em cartaz por semana.
- 1.500 agências bancárias.
- # São Paulo é a maior cidade italiana fora da itália.
- São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica japonesa fora do Japão;
- São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica espanhola fora da Espanha;
- São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica libanesa fora do Líbano;
- São Paulo é a cidade com maior população de origem étnica portuguesa fora de Portugal;
- São Paulo é a maior cidade nordestina fora do Nordeste;
- # 39 companhias aéreas operam no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), em Guarulhos.
Funcionando desde 1986, já transportou mais de 190 milhões de passageiros por 2,6 milhões de operações de pousos e decolagens.
O aeroporto é uma verdadeira cidade.
Abriga 370 empresas, com mais de 22 mil empregos diretos e recebe 100 mil pessoas por dia.
Opera vôos para mais de 75 cidades do Brasil e de outros 23 países.